Seminário: Desenvolvimentos em Psicologia e Espiritualidade
- especial para Psicólogos, Médicos, Psiquiatras e demais profissionais e estudantes da área da saúde
Focalização e Meditação
grandes semelhanças, enormes diferenças
(teoria e prática)
(não é requerida experiência anterior com a Focalização ou com a Meditação para participação)
A Focalização e a Meditação são dois recursos e práticas distintos, o primeiro uma criação da Psicologia e, o segundo, obra da sabedoria dos grandes mestres da Espiritualidade. Ambos se constituem como extraordinárias e preciosas fontes para nossa saúde pessoal – psicológica e física – e para enriquecimentos da nossa vida profissional. Sabermos integrá-los e podermos oferecê-los em contextos pessoais e profissionais é de um valor inestimável.
Objetivos:
- oferecer introdução ou atualização/aprofundamento nos fundamentos conceituais/teóricos e no domínio/manejo da prática da Focalização e da Meditação
- discutir o manejo psicoterapêutico da Focalização e a sua correta utilização no contexto das sessões psicoterápicas
- possibilitar o conhecimento das semelhanças e diferenças entre a Focalização e a Meditação, a capacidade de distinguir uma da outra e os contextos, ocasiões e momentos adequados, a nível pessoal e profissional, para o emprego de cada uma
- possibilitar o conhecimento dos objetivos e do alcance distintos e diferenciados da Focalização e da Meditação
- criar oportunidade para a experienciação da Focalização e da Meditação – o conhecimento teórico não é suficiente para capacitar sua utilização
Conteúdos estudados:
- revisão da fundamentação teórica da Psicologia e da Psicoterapia Humanista/ Existencial/Fenomenológica
- revisão da fundamentação filosófica da Psicologia e da Psicoterapia Humanista/ Existencial/Fenomenológica
- articulação ou correspondência entre conceitos da Filosofia Existencial, da Fenomenologia e do Humanismo com a Psicologia e com a Psicoterapia: existência-experiencing X essência-conteúdos
- Psicoterapia: aproximações e distanciamentos entre o Humanismo, o Existencialismo e Fenomenologia – possível integração ao nível da prática?
- dimensões da subjetividade numa perspectiva Existencial e Fenomenológica
- apresentação ou revisão das diversas concepções sobre consciência:
- consciência para o senso comum: a consciência mundana
- consciência para a Psicologia e para a Filosofia
- consciência para a sabedoria/espiritualidade oriental: Consciência Pura, Consciência Vazia (vacuidade, tema fundante do Budismo, do Zen-Budismo, do Hinduísmo e do Taoísmo);
- Focalização: teoria e prática
- importância da distinção entre experiencing e conteúdos
- importância do desenvolvimento da consciência do aqui e agora
- prática da escuta empática e da resposta experiencial
- avaliação e desenvolvimento da qualidade da escuta e intervenção empáticas e da resposta experiencial
- introdução às escalas de avaliação da qualidade da escuta e da intervenção em psicoterapia
- discussão (supervisão) de atendimentos psicoterápicos
Informações sobre o Seminário:
Transcrevo três aforismos que apontam a direção e o sentido dos trabalhos que desenvolveremos neste Seminário. Ao mesmo tempo em que é marcado o valor da Focalização, somos convidados a irmos além dela e alcançarmos o que nos é oferecido pela Meditação, que chega onde a Focalização não pode ir.
1- “A experiência é de uma riqueza incalculável:
pensamos mais do que podemos dizer,
sentimos mais do que podemos pensar,
experienciamos mais do que podemos sentir …e ainda há muito mais.”
Eugene T. Gendlin
2- “O Senso Sentido (felt sense), que eu também chamo de limite da consciência, é o centro da personalidade. Ele surge entre a consciência comum da pessoa e o alcance profundo e universal da natureza humana, onde não somos mais nós mesmos. Está aberto ao que vem dessa dimensão universal, mas é sentido como um ‘eu real’.
O Senso Sentido é sempre uma vivência única e nova. Sua chegada interna é sentida como um eu mais verdadeiro do que conhecidos sentimentos.”
Eugene T. Gendlin
3- “A prática do zen visa ao aprofundamento, à purificação e à transformação da consciência. Mas não se satisfaz com qualquer aprofundamento ou purificação superficial. Busca a transformação mais radical: atua em profundidades que parecem ir além até da psicologia profunda. Tem, em outras palavras, uma dimensão espiritual e metafísica. Busca o sujeito ontológico puro, ao mesmo tempo único e universal, não mais ‘individual’.
A consciência ocidental é orientada para o objeto. A consciência oriental não se esquiva da possibilidade de uma subjetividade pura, que não necessita de nenhum objeto. Para o ocidente, consciência é sempre consciência-de. No oriente, não é necessariamente assim: pode ser simplesmente consciência”.
O objetivo da meditação e do próprio zen é que o discípulo possa alcançar um estado de consciência pura, que não é mais consciência-de.”
MERTON, THOMAS (2006). MÍSTICOS E MESTRES ZEN. SÃO PAULO: MARTINS FONTES.
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Seminário: Desenvolvimentos em Psicologia e Espiritualidade
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